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Instagram, novidades e $$$$$$$

Vamos conversar sobre redes sociais, Instagram e finanças, uma combinação que vem sendo utilizada largamente pelas empresas, e promete ainda ser o futuro dos negócios digitais.

Instagram, novidades e $$$$$$$

Nesse mês de outubro a Bevert integrou-se a um grande número de pessoas e empresas, homens e mulheres, grandes e pequenas organizações: criamos um perfil no Instagram. Dessa forma, fazemos parte de um grupo numericamente relevante, pois estamos dentre os 1 bilhão de perfis do Instagram. 1 bilhão de usuários. Isso mesmo. Se todos usuários do Instagram fossem indivíduos, teríamos aproximadamente 13% da população mundial conectados na mesma rede social. Destinamos este texto, então, para discutirmos o que essa rede social representa, e quais são os próximos passos.

De início, cabe destacar que nem todos os perfis do Instagram são referentes à indivíduos, mas também compõem essa massa de usuários diversas empresas. Não à toa o próprio Instagram possui o Instagram Business, e uma forma de gerenciamento própria para perfis comerciais. Segundo a rede, 80% das contas criadas até o momento seguem algum perfil comercial, e essas empresas ajudam a roda girar, investindo cada vez mais em anúncios.

Antes de prosseguir, um pouco de história: lançado em 2010 por dois alunos da Universidade de Stanford, Kevin Systrom e Mike Krieger, o Instagram — com cerca de 12 funcionários — ainda era um serviço exclusivo do iPhone para compartilhamento de fotografias. A empresa foi adquirida pelo Facebook em abril de 2012, em uma transação que envolveu US$ 1 bilhão em dinheiro e ações. Atualmente a empresa possui um valor de mercado superior a US$ 100 bilhões, e uma previsão de receita com anúncios no valor de R$ 5.5 bilhões em 2018. Esse valor já representa aproximadamente 30% da receita do Facebook com anúncios. E aqui, chegamos ao cerne da nossa discussão: anúncios e retorno financeiro.

Nesse momento, com os dados que introduzimos, você deve ter pensado em duas importantes proposições e uma grande consequência:
A: o Instagram possui uma receita enorme, via anúncios;
B: as empresas investem no Instagram a partir dos anúncios;

Portanto;

C: as empresas possuem grande retorno a partir dos anúncios no Instagram.

Entretanto, essa lógica causal não pode ser representada exatamente dessa forma. Formada por uma discussão mais extensa que o espaço de um único post aqui no blog, o retorno por investimentos em marketing no Instagram não pode ser medido por uma única métrica, uma vez que se diferencia de empresa por empresa e seu tipo de operação. Além disso, o simples fato de uma grande parte das organizações não realizarem a medida de “valores investidos em anúncio x retorno por anúncio”, torna a discussão mais complexa.

Nesse caso, o consenso geral que se aplica ao Instagram perpassa o marketing digital como um todo: a possibilidade de amplo acesso à nichos por um preço menor que os anúncios de massa. Ainda que não seja possível estabelecer uma lógica de causa-efeito, fato é que o número de empresas presentes no Instagram aumenta a cada dia e o lucro da mesma também. Isso, por si só, confere como um preditor dos lucros das organizações que investem em anúncios, seja através de postagens próprias ou por meio de influenciadores digitais.

“Mas João, se vocês disseram antes que o número de tecnologias tende a aumentar e o Instagram já gera tanto retorno assim… ninguém iria querer largar um negócio desse!”
Não necessariamente, mais uma vez. Lembra dos dois fundadores que citamos anteriormente? Pediram demissão no último dia 25 de setembro. E isso nos leva a discutir o futuro do Instagram.

É sabido por todos as dificuldades que o Facebook vem sofrendo nos últimos tempos. A crise de desconfiança que se abateu após o escândalo de vazamento de dados em março deste ano apenas coroou de forma melancólica as controvérsias que a plataforma vem passando, como as mudanças de algoritmo, que geraram a ascensão das discussões e formação de bolhas sociais. Nesse caso, o Instagram vem adquirindo cada vez mais participação não somente nos lucros da empresa — conforme analisamos — mas também pode ser considerado o futuro do Facebook como empresa. Os boatos consideram então que a razão da saída dos dois fundadores do Instagram estaria vinculada a um maior controle de Zuckerberg na rede social.

Então isso quer dizer que vamos ter cada vez mais discussões no Instagram? Todos os meus parentes vão possuir uma conta? TEXTÕES?

Na realidade, isso é exatamente o que Zuckerberg não quer. Os planos para o Instagram são outros, e incluem uma mídia que já vem sendo bastante utilizada, mas promete ser ainda mais influente: o vídeo. Em 2016, antes de pedir desculpas, Zuckerberg já previa “um mundo onde os vídeos estariam no centro de todos os apps e serviços” do Facebook. E, de fato, espera-se que até 2021 os vídeos irão representar 78% do tráfego total de dados móveis, o que levou o Instagram a lançar o IGTV, a ferramenta do próprio Instagram que pretende concorrer com o Youtube.

O IGTV permite que o usuário crie vídeos mais longos, deixando-os para serem pesquisados e encontrados por outros usuários. Tudo isso é orquestrado para ser exibido no formato vertical, otimizando ao máximo a utilização do smartphone. O objetivo, segundo o Instagram, é que os usuários se aproximem dos criadores de conteúdos que mais adoram. Nesse caso, torna-se mais uma ferramenta para aqueles que utilizam a rede para a geração de conteúdos e, principalmente, aqueles que são remunerados por isso — diretamente ou com aumento de receitas organizacionais.

Para resumir a importância de um novo canal de vídeo dentro do Instagram, algumas estatísticas são novamente relevantes: (i) de todo o dinheiro investido em anúncios, 17 % já são destinados ao vídeo; (ii) espera-se um crescimento de 25% nesses recursos em 2018; e (iii) diariamente, um americano médio assiste a aproximadamente 24 minutos de vídeos no smartphone.

Dessa forma, concluímos o nosso post compreendendo que as mudanças digitais irão ocorrer, e é necessário que estejamos sempre atentos a novas estratégias e ferramentas que surgem. E, por fim, gostaria de lhe perguntar: você já pensou em fazer um vídeo hoje?

14 de Janeiro de 2020

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