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Criatividade nos negócios

Um tema extremamente relevante hoje e sempre: a criatividade no ambiente empresarial. Suba no seu triciclo vermelho e viaje com a Bevert nesse campo repleto de unicórnios voadores, foguetes imaginários e mafagafos!

Criatividade nos negócios

Com o maior impacto da Economia Criativa em nossas vidas, a criatividade se tornou um conceito bastante discutido no mundo empresarial.

Entretanto, para iniciarmos nossa viagem através da criatividade, é preciso antes distinguirmos alguns conceitos básicos para a discussão. Por exemplo, é comum nas discussões sobre criatividade que seja utilizado várias vezes um segundo termo também bastante popular no mundo empresarial: inovação. No geral, as discussões tratam os dois termos como sinônimos, mas não é bem assim. E você, sabe qual a diferença entre criatividade e inovação? Não? Pois é bastante simples.

Criatividade e Inovação

A criatividade, de forma geral, pode ser considerada a capacidade de gerar algo novo. Por algum tempo as discussões sobre criatividade pautavam que seria a habilidade inata dos indivíduos que permitiria a geração de ideias novas e úteis. Entretanto, conforme veremos adiante, não será somente a habilidade inata dos indivíduos que impactará a criatividade.

A inovação, por outro lado, é um conjunto de implementações possíveis — em produtos (bens ou serviços), processos, marketing ou organizacional — novas ou significativamente melhoradas que ocorram em uma organização ou relacionados. De forma sucinta, enquanto a criatividade é a geração de novas e úteis ideias, a inovação seria a implementação bem-sucedida das mesmasEnquanto a criatividade poderia gerar uma ideia isolada, para a inovação alguns fatores são importantes de serem considerados, como o caráter intencional de introdução ou aplicação da novidade, além da introdução no mercado.

E é exatamente nesse ponto que as empresas tornam-se tão importantes. Atualmente, todos reconhecemos o fato de que ser inovador é um pré-requisito de sobrevivência das organizações, portanto, o gerenciamento da criatividade para que as ideias se tornem inovações é crítico! Se a empresa deseja se manter competitiva, ela deverá gerenciar todos os fatores que perpassam a criatividade, e como consequência, ter maior possibilidade de inovar.

Mas o que influencia a criatividade?

Uma das formas de se responder essa pergunta é observando um dos modelos mais legais que tratam sobre o tema, chamado de modelo dos três componentes da criatividade. Nesse momento, faremos a introdução do modelo, mas sem exaurir sua aplicação. Para isso, precisaríamos de muitos e muitos posts!

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No modelo acima, são três os componentes fundamentais para que a criatividade esteja presente: (i) expertise, (ii) habilidade de pensar criativamente e (iii) motivação às tarefas (em tradução livre). A criatividade será maior quanto maior sejam esses três elementos.

A pedra fundamental de todo trabalho criativo é a expertise, os caminhos que são seguidos por um indivíduo para a resolução de algum problema ou tarefa determinada. A própria expertise é influenciada por outros fatores, como o talento, a técnica e a memória do indivíduo. Por exemplo, para a boa execução de uma tarefa complexa, a pessoa deverá ser capacitada (técnica), reconhecer eventos passados que lhe deram experiência sobre o que fazer (memória) e suas habilidades individuais para reconhecimento de padrões (talento), por exemplo, o que levaria a uma menor chance de erro e aumento de eficácia.

Passada a expertise, entramos na seara da capacidade de pensamento criativo. Esse elemento traz ao trabalho criativo aquele brilho especial, o toque refinado. Por qual motivo? Porque vimos que a expertise trará à execução da tarefa a eficácia, ou seja, ela poderá ser “bem executada”. Mas mesmo com um nível elevado de expertise, o indivíduo não realizará um trabalho criativo se não tiver a capacidade de pensar criativamente. Esse fator, tal como o anterior, também depende de diversos outros fatores, como: independência, auto-disciplina, características para tomada de risco, perseverança e até mesmo certa falta de preocupação com a aprovação dos pares.

Para que o pensamento criativo floresça, o ambiente organizacional é crucial, dado que o indivíduo deve estar ciente da possibilidade de tentativas não convencionais, contra intuitivas, levando-se em conta o risco inerente dessas abordagens.

Enquanto os dois elementos anteriores determinam o que um indivíduo é capaz de realizar, a motivação à realização das tarefas é o que determinará o que o indivíduo irá realmente realizar. Resumidamente, é a diferença entre o que uma pessoa pode e o que ela irá fazer, e poderá ser alcançada de duas formas: (i) motivação extrínseca — conquistar um prêmio, por exemplo; ou (ii) intrínseca — ser movido por interesse e envolvimento com a tarefa a ser executada, curiosidade, excitação ou desafio pessoal. Nesse momento, já podemos supor que a motivação intrínseca conduzirá a um maior nível de criatividade, correto? Corretíssimo! Um alto grau de motivação intrínseca poderá até mesmo suprir a deficiência em expertise ou pensamento criativo! E, novamente, o ambiente organizacional é relevante, dado que a motivação é o componente que será mais influenciado pelo ambiente.

Conclusão

Vamos utilizar você, leitor, como exemplo? Responda, você prefere realizar projetos pessoais ou propostos por terceiros? Tarefas que já tenha realizado antes ou que possuam alta carga de novidade? Você teria coragem de fazer algo diferente em um momento onde todos esperam pelo tradicional? O julgamento dessas pessoas seria importante?

18 de Janeiro de 2020

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