Blog

Automatização e robôs: isso tudo me influencia?

Falaremos um pouco sobre avanço tecnológico e automatização do trabalho. Devemos ter medo dos robôs? E o meu emprego, como fica?

Automatização e robôs: isso tudo me influencia?

Tecnologia, dados, informação, inteligência artificial, robôs. Os três primeiros já são velhos conhecidos dos clientes Apple e Samsung, iOS ou Android; Influencers e Youtubers. Os dois últimos termos — IA e robôs — andam juntos pelo imaginário coletivo já há algum tempo. Entretanto, após dissociar a imagem de uma inteligência artificial à um futuro pós-apocalíptico, Apple, Amazon e Windows colocaram-nos para conversar diretamente com Siri, Alexa e Cortana, respectivamente (caso deseje voltar a ter medo delas, veja este vídeo). No caso dos robôs, eles ainda podem acabar fazendo parte de um futuro digno de enredo de ficção científica, mas por outro motivo: substituindo a mão-de-obra humana nos postos de trabalho.

Mas isso irá mesmo ocorrer? Em artigo bastante popular, Frey e Osbourne, dois economistas vinculados a Universidade de Oxford, mensuraram, a partir de dados extraídos de um dos maiores bancos de dados sobre trabalho dos Estados Unidos, que aproximadamente 45% dos empregos atuais possuem alto risco de serem automatizados em breve. Porém, nem todos os postos de trabalhos são semelhantes. Segundo os autores, a natureza das tarefas e as formas como são executadas terão papel fundamental na inclusão ou não nesta lista infeliz.

Historicamente, empregos que exijam tarefas rotineiras e de pouca cognição são os alvos mais comuns da automatização. Entretanto, a cada dia que passa, o binômio entre rotineira/não-rotineira e alta cognição/baixa cognição demonstram-se falhos em predizer se uma função poderá ser automatizada ou não. Para fins de exemplo, imagine o carro autônomo. Até a década passada, imaginava-se ser impossível simular a percepção humana no trânsito, as surpresas e situações inusitadas que ocorrem a cada viagem. Entretanto, atualmente as tentativas de emplacar carros sem condutores ou onde a interação humana é mínima se multiplicam. Sendo assim, novos parâmetros são necessários.

Segundo o mesmo estudo, os diferenciais que tornarão a automatização mais difícil estarão vinculados a ocupações generalistas, ou especialistas, que necessitem desenvolver novas ideias e inovações. Para serem realizadas, essas tarefas necessitam de intensa inteligência social e criatividade. Além destes diferenciais, ocupações que demandem intenso conhecimento e elevada formação educacional, assim como aquelas que remuneram em alto nível, serão menos suscetíveis à automação. Ou seja, indivíduos criativos, de alta formação intelectual, alta inteligência social e bem remunerados, possuem um risco baixo em terem seus postos de trabalhos automatizados.

Interessante destacar que, conforme o desenvolvimento tecnológico progride, indivíduos que tiveram suas funções substituídas serão realocados em tarefas que exijam criatividade e inteligência social. Isso não implica apenas em novas mentes artísticas e criativas na sociedade em geral, mas um maior valor destinado às interações pessoais e ao pensamento inovador.

 

13 de Janeiro de 2020

Compartilhar

Conversar via Whatsapp

Nosso site utiliza cookies para criar uma melhor experiência de navegação para você. Ler Política de Privacidade

Ok